“Minha terra tem palmeiras,/Onde canta o Sabiá:/As aves, que aqui gorjeiam,/Não gorjeiam como lá./Nosso céu tem mais estrelas,/Nossas várzeas têm mais flores,/Nossos bosques têm mais vida…”. A exaltação da beleza e da essência da terra brasileira quiçá não tenha sido tão bem aclamada como na Canção do Exílio do saudoso Gonçalves Dias. Prosas literárias de lado, o que não podemos negar é que as paisagens do nosso país não deixam nada a desejar quando comparadas com panoramas internacionais e não cabe nenhuma dúvida de que está considerada como um dos cenários mais apaixonantes do mundo.

Que outra maneira mais absorvente de conhecer os segredos dos nossos caminhos que num inesquecível viagem em trem?

Num post anterior, comentávamos sobre a magia de realizar um itinerário nos vagões mais luxuosos do mundo como o Orient Express ou o Transiberiano, The Ghan, The Blue Train ou o Transcantábrico. Mas no Brasil, não temos nada que invejar às grandes locomotoras internacionais porque, desde maio de 2008, circula pela nossa geografia o Great Brazil Express, um trem projetado e criado exclusivamente para ofertar aos seus clientes um luxo nunca antes visto sobre trilhos. É o primeiro trem de turismo orientado ao setor do luxo no nosso país.

Great Brazil Express: um circuito incomparável

Great Brazil Express tem um recorrido de cerca de dez dias com saída do Rio de Janeiro, passando por Castro, Cascavel, Curitiba, Morretes, Antonina, Piraquara, Guarapuava, Irati, Tibagi, Ponta Grossa e chegando às fabulosas cataratas do Iguaçu. O trajeto não é feito todo em trem, mas sim com uma combinação de avião e ônibus de luxo que torna possível a realização da viagem mais fascinante por terras brasileiras que qualquer turista possa imaginar.

Great Brazil Express decoraçãoA decoração dos vagões é de um gosto extremamente requintado, com desenhos e representações da fauna e da flora mais autóctone do país que dão um toque de cor às paredes, enquanto o mobiliário clássico encaixa perfeitamente com o espírito de ostentação que caracteriza este trem, com detalhes que invocam o luxo do Brasil Colonial, representado em cada ângulo dos vagões Foz e Copacabana.

O investimento realizado na estruturação e decoração dos vagões, de 22 lugares cada um, foi de cerca de 2 milhões de reais, graças ao brasileiro Adonai Aires de Arruda, ao belga Thierry Nicholas e ao sueco Thomas Glenndahl. Ao contrário de outros trens da sua classe, o Great Brazil carece de vagões dormitório e refeitório, motivo pelo qual os seus passageiros têm que fazer o “grande esforço” de pernoitar em hotéis à altura do status do trem, saboreando os melhores manjares nos mais seletos restaurantes. O pacote mais caro, de dez dias, custa cerca de 9 mil reais.

Ficou com vontade de viajar neste trem?