A joia da coroa de Bentley se chama Mulsanne: concebido e desenhado para satisfazer os novos ricos, oferece luxo e conforto desde a menor peça até o repousa cabeça. O seu rival Rolls-Royce, orientado a um público aristocrático não é um adversário para a ostentação de poder mostrar ao mundo que a fortuna que alguém possui não foi herdada por nenhum sobrenome da alta burguesia.
Não veremos esta beleza sobre rodas no Top Ten de vendas das revistas de automação, menos na China, onde os milionários se multiplicam mais rápido que os peixes e a cadeia de produção de Bentley não pode abastecer tanta demanda. As suas medidas se parecem mais às de um caminhão, com os seus 5,5m de comprimento, 1,92m de largura, uma altura de 1,92 e com a distância de eixos de 3,26m. Dirigir esta maravilha pode causar-nos mais de um problema em estradas estreitas.
Debaixo do seu capô se esconde uma autêntica besta mecânica, um V8 de 6,75 litros com dois turbo compressores que desenvolvem uma potência capaz de colocar o Mulsanne, em apenas 5,1 segundos, a 100km/h. Imaginem um palácio com rodas propulsado por um motor a reação de um moderno avião caça de última geração. O único detalhe que os engenheiros de Bentley omitiram foi desenhar uma propulsão vetorial.
A Caixa de marchas de oito velocidades é simplesmente um relógio suíço que transforma a potência do poderoso V8 de Bentley em um acorde de raiva e potência, mas com tal suavidade que o nosso subconsciente nunca ativaria a opção manual.
O processo de construção deste automóvel começa nos bosques onde cuidam e mimam as árvores que fornecem a melhor das madeiras. Esta será submetida à esmerados processos de polimentos e envernizados para terminar no interior da oitava maravilha do mundo. O couro segue um procedimento similar ao da madeira. As vacas devem ser tratadas com tanta delicadeza que, com certeza, lhes cantam canções de ninar para que se durmam. O couro é tão suave que a expressão “como bumbum de bebê” deixa muito a desejar. Mais de cem cores para a carroceria e uma vintena no interior oferecem a possibilidade de personalizar o veículo como uma peça única na face do planeta.
O sistema de acesso e arranque nos faz esquecer que antigamente necessitávamos uma chave para abrir e arrancar o nosso automóvel. O próprio Mulsanne reconhece a pessoa que está ao volante, configura a emissora de rádio preferid a, a posição do banco e do volante, o sistema de condução: sport ou confort, a dureza da amortização e, com certeza que num futuro muito próximo os técnicos de Bentley desenvolvam a opção de mudar a orientação da estação espacial com respeito à terra para que o veículo seja observado do espaço!
Os únicos que estão contra a Bentley são as associações de motoristas de luxo. Muitos deles aumentam as filas do seguro de desemprego já que os donos destes veículos preferem sentir na pele o prazer de dirigir este prodígio.
Não há comentários